Bem-vindo a mim mesma

1ª Pessoa;

Minha foto
Meu universo é uma eterna reticências...

sábado, 26 de março de 2011

Vida minha.


Já me enturmei no colégio, o pessoal é legal do seu modo, da forma de pode. E eu fico grata por isso. Mas tantas mudanças e abandonos na minha vida, me deixam com um pé atrás quando o assunto é 'novas amizades' porque elas, generalizando, sempre passam e acabam me ferindo em um corte, e na lembrança de como era e seria minha vida antes, sem ele.
Eu, depois de um longo tempo pensando sobre isso, ainda não consegui chegar, fixar-me fielmente a uma conclusão sobre se o melhor era nunca ter saído do lugar em que eu estava ou se era ter saído e me machucado tanto, como o que aconteceu.
Mas agora, estou aqui refletindo do quanto a vida é limitada. Acho que talvez valha sim apena ter acrescentado tantas coisas boas na minha: pessoas, momentos, pensamentos, situações, aprendizados... mesmo que com elas tenham vindo também tristezas, decepções e desilusões de uma vida que eu poderia ter levado sem, com maiores momentos de felicidade, sem acréscimos ou perdas, só com o normal, com o que todo mundo tem.
Em muitas horas eu chorei, sei, e em tantas outras eu sorri, e caí, levantei, ganhei, perdi, aprendi e me iludi... E acho que a soma de tantas experiências me diferencia de tantos outros monotalmente vividos de uma idade próxima à minha. Acho que isso me impôs 'cabeça' e uma pitada de maturidade. Pois me obrigou a parar para pensar, a reavaliar se aquilo realmente é necessário, se algumas coisas valem ou não apena, me fez dar valor ao agora, ao passado e ao futuro, a conviver e a aprender mesmo com as diferenças. Me tirou um pouco do caminho da mediocridade.
Me fez perceber o quanto não existe a exata perfeição e que sonhos não são somente feito dela, perceber o quão agitada uma vida pode se tornar em tão pouco. Me fez focar o positivo, combater a depressão, a solidão, o sentimento de abandono, me fez valorizar e visualizar minhas verdadeiras amizades, me fez aprender valores rápido demais, me fez ver que sou menos que um grão de areia num deserto, mas que faço a diferença se quiser, e que é assim também a soma de tudo que sei, me fez perceber que não existe o dono da verdade, e que ela é relativa.
Me mostrou que nada deve ser despediçado, que como dizem: nada se perde, tudo se transforma. É assim não só em Química, mas num enigma chamado VIDA.