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E ao fazer 16 comecei a pensar mais na minha vida, no que fiz, no que deixei de fazer, nos porquês. Então naquele dia 17 comecei a escrever uma lista de 16 itens de conselhos meus a mim mesma com a ideia de cumpri-los desta vez, porque como sabemos é MUITO, mas MUITO difícil alguém seguir seus próprios conselhos mesmo sabendo que é isso que achamos.

" 16 Lições
1- Saber a hora, local e pessoa certa de ouvir e de falar.
2- Positivisar sempre: ver sempre o lado bom das coisas e fazer sempre com que eles compensem os ruins.
3- Valorizar aqueles que te valorizam.
4- As aparências não são tão importantes quanto o modo que algumas pessoas te fazem sentir. Pense nisso.
5- Antes sua família na mão que ela e seus amigos voando. Valorize-a.
6- Palavras são a melhor e a pior arma para fazer alguém se sentir especial e também para ferir seus sentimentos.
7- Valorize sempre aquilo de bom que você fez e faz pois são poucos os que o farão pra você.
8- Reconheça, revise e aprenda com os erros que cometeu. As pessoas estão aí para criticar e cabe a você absorver e aprender com tudo isso.
9- Priorize o que une pra você o útil ao agradável, em seguidas as coisas úteis e então as agradáveis.
10- Deixe as obrigações que costumam te estressar de lado de vez em quando e RELAXE, respire longe delas.
11- Relembre sempre o que você sente às pessoas, dizer que ama alguém sendo que isto é verdade faz bem para ambas.
12- Rir pode não ser sempre o melhor remédio mas sempre será o melhor analgésico para anestesiar sua dor.
13- Aprenda o poder da organização. Organize suas tarefas, seus sentimentos, você, sua vida.
14- "Os incomodados que se mudem" quando você segue essa frase, evita muitas confusões em sua vida.
15- Tudo na sua vida flui de dentro pra fora. Se algo externo tenta te abalar mas seu interno estiver definido a não se abalar, então você será forte o suficiente para não deixar isso acontecer.
16- Sua felicidade é você quem faz. Pegue os ingredientes que tem disponível e faça sua vida valer a pena."

Acabei de lembrar do blog, que há MUITO mesmo não escrevo. Resolvi pegar o diário e ver alguma coisinha pra por aqui. Achei um pequeno desabafo do dia 04 de maio de 2011, às 22:49:

"É, tá difícil, mas eu tô levando... com sorriso e bom humor ainda! A minha vida não tem conseguido suprir-me como a passada e eu não tenho conseguido não sentir falta de quem deixei. E eu nem sei mais o que ia escrever aqui."

Você não quer deixar tudo o que havia conquistado pra trás, mas por mais dor que isso te cause, precisa continuar caminhando, cabeça erguida, coração arrasado; você precisa seguir em frente.

E você caminha, pra frente, sempre. Seu coração busca olhar pra trás, mas sua cabeça precisa ser firme e manter com devido torcicólo o olhar na direção certa, sabendo que, se olhares pra trás, lágrimas cairão e as consequências serão bem piores.

Você tem escolhas pra fazer e você as faz sem nem saber ao certo. Você percebe a cada dia o quão pequena e frágil que é, o quanto precisa daqueles que levaram uma parte de ti consigo.

Porque o sentimento de abandono é o pior que há.

Vida minha.

Já me enturmei no colégio, o pessoal é legal do seu modo, da forma de pode. E eu fico grata por isso. Mas tantas mudanças e abandonos na minha vida, me deixam com um pé atrás quando o assunto é 'novas amizades' porque elas, generalizando, sempre passam e acabam me ferindo em um corte, e na lembrança de como era e seria minha vida antes, sem ele.

Eu, depois de um longo tempo pensando sobre isso, ainda não consegui chegar, fixar-me fielmente a uma conclusão sobre se o melhor era nunca ter saído do lugar em que eu estava ou se era ter saído e me machucado tanto, como o que aconteceu.

Mas agora, estou aqui refletindo do quanto a vida é limitada. Acho que talvez valha sim apena ter acrescentado tantas coisas boas na minha: pessoas, momentos, pensamentos, situações, aprendizados... mesmo que com elas tenham vindo também tristezas, decepções e desilusões de uma vida que eu poderia ter levado sem, com maiores momentos de felicidade, sem acréscimos ou perdas, só com o normal, com o que todo mundo tem.

Em muitas horas eu chorei, sei, e em tantas outras eu sorri, e caí, levantei, ganhei, perdi, aprendi e me iludi... E acho que a soma de tantas experiências me diferencia de tantos outros monotalmente vividos de uma idade próxima à minha. Acho que isso me impôs 'cabeça' e uma pitada de maturidade. Pois me obrigou a parar para pensar, a reavaliar se aquilo realmente é necessário, se algumas coisas valem ou não apena, me fez dar valor ao agora, ao passado e ao futuro, a conviver e a aprender mesmo com as diferenças. Me tirou um pouco do caminho da mediocridade.

Me fez perceber o quanto não existe a exata perfeição e que sonhos não são somente feito dela, perceber o quão agitada uma vida pode se tornar em tão pouco. Me fez focar o positivo, combater a depressão, a solidão, o sentimento de abandono, me fez valorizar e visualizar minhas verdadeiras amizades, me fez aprender valores rápido demais, me fez ver que sou menos que um grão de areia num deserto, mas que faço a diferença se quiser, e que é assim também a soma de tudo que sei, me fez perceber que não existe o dono da verdade, e que ela é relativa.

Me mostrou que nada deve ser despediçado, que como dizem: nada se perde, tudo se transforma. É assim não só em Química, mas num enigma chamado VIDA.

Uma historinha.

É, às vezes é preciso um pouco mais de uma conversa para que alguém especial entre em sua vida, para que se torne importante, para que seja parte de suas preocupações. Mas, às vezes é preciso um texto, algumas palavras e frases para que você possa expor algumas verdades que ficaram escondidas em você por algum tempo.

Vou sim falar agora sobre uma coisas que aconteceu nesse verão, da qual eu achei interessante, e confesso que, me satisfez. Contarei-lhes uma pequena história então.
Ana e Maria, depois de algumas conversas no msn, de algumas trocas de elogios e de tweets e depois de alguns comentários no orkut, adquiriram uma certa simpatia uma para com a outra. Por parte de Ana, aquele relacionamento caminhara para o rumo da amizade, porque vocês sabem né, uma amizade não é ' oi, tudo bem? ' e sim um bom e velho pacote completo de coisas em que se podem contar e que estão disponíveis para que você não exploda, não sufoque dentro de si tantas informações que podem ser compartilhadas e amenizadas com alguém que as solucione e as misture com outras próprias. Assim, o que havia entre elas não era ainda 'amizade', mas era um vestígio dela.
Uns meses se passaram e o verão chegou, e por destino, talvez, as duas foram parar na mesma praia, e foi assim que o relacionamento saiu do virtual, somou e evoluiu para o real. Ana sabia que Maria era gente boa, mas não fazia ideia do quão mais ela foi. Maria era inteligente, era simpática, gentil, divertida, extrovertida, era tipo mais do que se poderia imaginar. E então uma certeza apareceu em Ana, ela realmente gostava, ia com a cara e com a personalidade de Maria, e uns vestígios de futura amizade cresceram mais e mais.
Assim, os dias, o verão foi fluindo. Elas não estavam passando as férias juntas, mas sempre que se esbarravam, que se viam, era legal.
Ana tinha ido à praia, como em todos os dias após acordar e se aprontar para isso mais suas primas. Lá estavam então as três, jogando fresco ball na areia, se divertindo, quando perceberam um tumulto no mar, gente gritando, acenando... acharam não ser nada demais, afinal, eles deviam estar brincando, se divertindo, que mal há? Porém o tumulto aumentou, um salva-vidas pulou no mar, mais alguns adultos entraram para tentar serem úteis, mais gente se acumulando e as primas de Ana doidas para irem também ver o que estava acontecendo até Ana dizer que qualquer que fosse a situação, não era da conta delas e que nada elas podiam fazer. Então gritaram de lá: "É a Maria que está se afogando na água!" Na mesma da hora Ana já tinha largado tudo e corrido ao mar para saber direito o que estava se passando ali. O sangue lhe subiu a cabeça e a cada passo sua preocupação só fazia aumentar. Tudo bem que ela nada podia fazer, mas e se de repente ela pudesse? Ela queria estar lá a disposição pro que precisassem, o que não foi necessário, Maria já estava a salvo, caminhando do mar em direção à praia. A primeira reação de Ana ao vê-la foi abraçá-la : Que bom que ela estava bem! Que bom que tudo tinha passado!
E então, depois do transtorno da situação passar, Ana achou graça daquilo tudo; como podia ela ter ficado tão preocupada com Maria, sabe? Foi quase como se aquilo acontecesse para prová-la o quanto seu sentimento por Maria era verdadeiro, o quanto ela gostava de Maria e o quanto Maria podia contar com ela para o que precisasse, independente do quê! Maria, cujo sorriso, personalidade e graciosidade conquistaram Ana e plantaram, regaram e colheram um carinho absurdo entre elas.
Não, isso não é só umas história, isso é um fato. Querem entender melhor? Substituam Ana por Camila e Maria por Marcela e saibam a legítima contada. ;}

E isso é tudo. Mah, acho que isso foi suficiente hein? Te adoro muito, e muito obrigada por tudo, por todos os risos, por todos os abraços, por todos os elogios, por toda a atenção, por me ter aberto as portas da tua vida. Te peço somente que não mude esse teu jeito tão autêntico de ser; maravilhosa. Você é muito especial. <3